Sérgio Vaisman

 

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Medicina faz mal à saude

Em fevereiro último, saiu um artigo com este intrigante título na revista Super Interessante.A curiosidade faz, com certeza, com que todos tenham o ímpeto de entender o por que deste título.A reportagem se baseou na entrevista de um médico e escritor ingles, Dr. Vernon Coleman, que afirma que os hospitais mais matam do que curam e que é preciso ser muito saudavel para sobreviver a um deles.
No princípio, parece um tipo de chacota mas, à medida que vamos entendendo o ponto de vista desse médico, passamos a questionar o que de verdade nos ronda quando precisamos lançar mão de algum tipo de procedimento médico.Quando ele diz que o médico deveria ver seu paciente como se fosse um membro da família,sabemos que raras são as vezes em que isso acontece.Infelizmente, e principalmente com os atuais sistemas de atendimento à saude, os médicos se põem a olhar seus clientes e pensam o quão rápido podem se livrar deles, ou como podem fazer mais dinheiro com esse ou aquele caso.Isso nos coloca com mais indignação ao constatar que muitas vezes é a cristalina verdade.As indústrias farmacêuticas são as grandes financiadoras da decadência da prática médica, segundo o Dr. Coleman.Os médicos, incitados por elas,recusam quaisquer tipos de tratamentos que excluam remédios ou cirurgias.
No dia a dia da prática médica,posso ver que os pacientes são pouco orientados pelos seus médicos a respeito de efeitos colaterais dos tratamentos propostos e, o que é pior, eles mesmos desconhecem muitos tipos desses contra-efeitos.
Acho extremamente útil um artigo como este da Super Interessante que vem de encontro a certas opiniões que temos dado aquí, em que reforço a idéia de que o médico precisa voltar a ser um aliado do paciente para que a missão de minimizar sofrimentos seja cumprida. Já chega de se ficar usando a doença como forma de ganhar vantagens e ser agraciado pelas indústrias se se chegar a ser um bom receitador de remédios, que é o que elas nos incentivam a ser.Quando o médico seguir os ensinamentos de Hipócrates, que ensinava o paciente a ter um estilo de vida mais saudavel,passará a ter reconhecida realmente sua missão como a de acompanhar o doente durante sua enfermidade e dar-lhe o conforto e dedicação de quem quer ajudá-lo,independentemente de seus ganhos.
Devemos nos lembrar que a verdadeira Medicina é a que procura tratar da SAUDE, não esperando se satisfazer com a condução da DOENÇA.É claro que temos que enaltecer, e cada vez mais, a tecnologia avançada que nos permite diagnosticar com mais facilidade e clareza mas não devemos nos esquecer que o doente sente-se mais amparado se puder ter o ombro do médico pronto a receber o descanso do seu sofrimento,como fazia Hipócrates. Será que todos os médicos ainda se lembram dele?
(maio de 2.004)

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