Sérgio Vaisman

 

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O lado negro da Medicina



Ao fazer uma consulta ao seu médico, provavelmente existe uma grande sensação de confiança e esperança. Você está num momento de grande vulnerabilidade devido à presença de uma doença mas você confia suficientemente no seu médico que, certamente, fará o melhor que puder para que você se saia bem. Infelizmente, a relação médico-paciente já não é mais como outrora quando esse profissional tinha um laço também afetivo com os pacientes e suas famílias. É claro que o médico quer fazer o melhor por você e é justamente por isso que ele escolheu sua profissão mas, de forma crescente, ele se vê dominado por forças poderosas que chegam mesmo a afetar suas decisões profissionais quanto à melhor forma de aplicar o tratamento. Essas pressões relativamente escondidas são tão fortes que, caso os médicos de formação mais ortodoxa queiram visualizar alternativas de tratamentos para doenças graves, chegam a ser advertidos e até punidos pelas suas entidades de classe que, também, se curvam aos “donos do poder”.
O lado negro da Medicina foi criado pelas poderosas indústrias farmacêuticas que vêem os médicos como meros receitadores dos seus caros e, muitas vezes, perigosos remédios. Para conseguir conquistar o receituário médico, essas indústrias cativam o profissional com bônus, prêmios, jantares, viagens, patrocínios de toda natureza etc., principalmente numa época em que os proventos profissionais deixam a desejar e as formas de atualização na Medicina ficam cada vez mais distantes dos seus profissionais devido aos altos custos. Essa atualização é feita diretamente dos laboratórios para os consultórios por meio da propaganda comercial. É claro que aí só são enaltecidas as qualidades dos medicamentos em questão.
No final de todas as contas, os pacientes pagam um preço muito alto, tornando-se reféns de tratamentos “intermináveis”, contribuindo para a falência da verdadeira Medicina que, antes mesmo de procurar a cura, deveria se preocupar com o conforto físico e espiritual dos doentes, tarefa das mais nobres que o médico deveria praticar.
Sempre defendi a posição de se questionar o médico quando de uma prescrição.Questionar no bom sentido, diga-se de passagem. Ele não é milagroso e nem mesmo dono das razões. A vontade de acertar não significa a certeza de acertar, portanto nada mais lógico do que perguntar tudo que ser tem de dúvidas para que hajam explicações aceitáveis. Muitos profissionais, dentro de um narcisismo injustificado, ofendem-se quando questionados mas não se deixe afetar por isto. Uma segunda opinião também pode servir para tirar dúvidas e escolher outros caminhos.
Recuse-se a ser mais uma estatística médica. Procure confiar num profissional médico e seguir suas recomendações desde que sejam satisfatórias as formas dele lhe esclarecer.
Finalmente, lembre-se que às indústrias que fabricam medicamentos interessa mais a nossa doença do que a SAUDE.
(junho de 2.008)

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